sábado, 6 de dezembro de 2014

Os Pactos na linha da Quimbanda geram muitas controvérsias, como, como são variadas correntes, há variados conceitos

Tomar a decisão que irá pactuar é algo muito íntimo e de extrema responsabilidade, pois sendo aceito o pacto, haverá um acordo com benefícios e obrigações aos dois lados. Ao pactuado caberá o benefício de ter seus caminhos abertos, receber o que lhe é de direito, mas terá a obrigação de dar o Ebó e as energias que lhe serão orientadas. À entidade, caberá o benefício de receber os Ebós e energias terrenas e caberá a obrigação de guiar e conceder os benefícios ao pactuado.

O ritual do Pacto se divide em duas partes, tendo o seguinte procedimento: Após a pessoa se decidir por fazer o pacto, receber todas as orientações do Babalaô e não mais restar dúvidas, ela será preparada para a primeira parte do Ritual o qual se chama "Agô". Este rito consiste em uma apresentação da pessoa para o Exu que se quer pactuar, pois nem sempre os Exus aceitam determinada pessoa por vários motivos, assim, é feito o Agô para que a própria pessoa saiba se ela será ou não aceita.

No Agô são feitos ritos onde o Exu recebe o nome da pessoa, suas faculdades, desejos, enfim, toda sua história. Pede-se então ao Exu que ele dê uma resposta se aceita ou não este filho para o pacto, esta resposta, se positiva, Exu dará ao filho através de alguma manifestação, seja em sonho, em intuição para os mais sensíveis, em acontecimentos que se pediu durante o Agô ou alguma outra resposta de Exu que será dada diretamente à pessoa dentro de um prazo de 21 dias após o ritual.

Ocorrida a manifestação com a resposta de Exu a pessoa deve, se ainda desejar, confirmar o Agô fazendo o pacto em até 21 dias após a manifestação, neste ritual que será feito o Pacto propriamente dito. Após o Pacto feito não há "prazo" para os resultados, lembre-se que Exu é Exu, se Ele já lhe deu a resposta que aceita é só fazer sua parte e acreditar nos resultados, estes podem ocorrer após o pacto em poucos dias ou levar mais tempo, tudo dependerá da relação entre o Filho e o Pai, pactuante e Exu.

Por outro lado, caso se passem os 21 dias após o Agô e não se tenha resposta de Exu é sinal que não serás aceito no pacto, seja por suas condutas passadas, por suas condutas atuais, sua fé, interesses, ou mesmo não é o Exu do Reino correto, por exemplo, é feito um Agô ao Reino da Kalunga e o certo seria o Reino das Almas, mas isto é descoberto em consultas posteriores. O certo é que se após 21 dias do Agô não ocorre manifestação o pacto não deve ser feito. é hora de corrigir as posturas ou rever o direcionamento e poderá tentar novo Agô com o mesmo Reino ou outro Reino.
http://www.terreirodequimbanda.com.br/

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